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Antenas para seu receptor de Ondas Curtas |
Introdução Teórica
Polarização da Antena
Tipos de Antenas
Antena LONGWIRE
Pequenas Antenas Loops para Ondas
Curtas e Ondas Médias
Antena Dipolo
Práticas para aprimorar a recepção
Antenas Loop avançadas
A polarização de uma onda de rádio é determinada pela posição e direção do campo elétrico em relação à superfície terrestre. Se as linhas do campo elétrico da onda de radio são paralelas ao chão, a onda é polarizada horizontalmente. Se as linhas são perpendiculares ao chão, a onda é polarizada verticalmente. Considerando que não podemos enxergar o campo elétrico, são necessários instrumentos para determinar a polaridade, é suficiente saber que, para a maioria das antenas onde há transmissão, o campo elétrico esta no mesmo plano que os elementos da antena, logo, a antena vertical é verticalmente polarizada e uma antena horizontal é polaridade horizontalmente. Para a recepção de ondas curtas a polarização não é particularmente tão importante pois as ondas de radio refletidas pela esfera tendem a perder sua polarização inicial. Mas é muito importante mencionar entretanto, que as antenas de recepção verticais tendem a captar mais ruído produzido pelo homem e interferências do que suas contrapartidas polarizadas horizontalmente.
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Existe uma grande diversidade de antenas, e que estão diretamente relacionadas as suas características elétricas. As mais utilizadas são as antenas longwire ou "L invertido", as antenas dipolo de meia onda e as antenas Loop. Estas antenas são apropriadas para diversas faixas de freqüências, porém, suas propriedades físicas de montagem dependem diretamente da faixa de freqüência desejada.
De todas as antenas usadas na recepção, esta é a mais popular, pela sua facilidade de construção e montagem. No entanto, existem muitos detalhes a se considerar, em especial quanto a sua forma de montagem, sua diretividade, a capacidade de captar ruídos o que diminui seu desempenho, e até, o tipo de receptor utilizado, que pode sofrer de sobrecarga de RF. Por isso, a experimentação é fundamental, a partir de alguns conceitos bem estabelecidos.
O denominação em inglês, Longwire, pode ser traduzida como fio comprido, que na pratica acaba muitos vezes por ter a configuração de um " L" invertido. Logo, em instalações ideais, o fio deveria sair da entrada do receptor e permanecer absolutamente esticado a até a outra ponta, porém na prática, isto não ocorre. Daí que se formam duas partes na montagem da antena longwire : a seção que fica esticada entre dois pontos e o fio que vai até a entrada do receptor, o que forma um "L". Esta antena também é conhecida como antena "L Invertido".
1- A parte vertical do " L" invertido deve ter entre 1/2 e 1/3 da parte horizontal, como seguem um exemplo :
Para 3 metros na parte
vertical a horizontal deverá ter entre 6 e 9 metros ficando na totalidade
entre os 9 e 12 metros.
É recomendado que a parte horizontal não exceda os 25 metros, pois a partir
deste valor a antena começa a apresentar características direcionais, se este
não for o nosso propósito.
2- A seção do fio, não sendo um elemento critico este deve ter no mínimo 1mm,
quanto mais não seja pela tração mecânica que vai sofrer. Existem vários autores
que recomendam secções muito superiores de 4, 6, 8mm ou mesmo vários fios
paralelos na parte horizontal. Este pode ser unifilar ou multifilar. Para nosso
exemplo para simplificar sua montagem utilizaremos apenas um fio, sendo assim,
denominada unifilar.
3- Sendo uma antena que
pelas suas características técnicas capta muito ruído, este indesejado fator
pode ser muito atenuado usando um transformador de impedância conhecido por
Balun (genericamente, transforma entre outras coisas um sistema balançado num
sistema não balanceado* ou vice-versa), neste caso, a denominação mais correta
será Unun pois trate-se normalmente de um sistema não balanceado / não
balanceado.
4- O Unun deve ser construído de maneira a que o primário esteja isolado
eletricamente do secundário, sendo o ideal ter ligações á terra separadas, sendo
recomendada uma relação de 1:9 (50 ohm / 450 ohm) no mínimo ou superior. Existe
comercialmente um transformador denominado "Beverage Matching Unit ", mas que
também pode ser construído artesanalmente, com ligações a diferentes impedâncias
desde 300, 450, 600 e 800 ohms o que permite testar no local a melhor opção
segundo a nossa instalação.
A ligação entre o transformador (Unun) e o receptor deve ser realizada por cabo
coaxial de boa qualidade. A ligação do Unun á antena deve ser efetuada o mais
distante possível de fontes de ruído; casa, linhas elétricas, linhas
telefônicas, etc.
5- É aconselhado que antes de ligar o cabo coaxial ao receptor se intercale um
pré seletor ou um sintonizador de antena (antena tuner). Também conhecidos como
filtros "PI" devido a sua similaridade de construção com a letra Π, é formado
por dois capacitores variáveis e uma bobina com taps de forma a ser possível
variar o número de espiras. Este circuito além de atuar como filtro passa-baixa,
acoplam a impedância da antena unifilar ou "L Invertido" ao circuito de entrada
do rádio.
Pequenas LOOPs para Ondas Curtas e Ondas Médias
Antena Loop de Quadro para Ondas Médias | |
Antena Loop Coaxial Blindada para Ondas Curtas | |
Antena Loop de Ferrite para Ondas Médias e Ondas Longas | |
Antena Loop de Núcleo de Ar para Ondas Médias - T51 |
Consiste em dois condutores, contendo em seu comprimento total o tamanho desejado da onda que se deseja captar (como o dipolo de meia onda, que contêm o mesmo tamanho da metade do comprimento da onda). De forma mais simples, uma antena dipolo é uma antena retilínea sem ligação com o potencial de terra, com a extensão de um comprimento de onda em geral. Contudo, não se utilizam dipolos de onda completa por questões práticas, mas sim dipolos de meia onda. Desta forma, se pode considerar um dipolo de meia onda também uma antena retilínea, porém, o comprimento dos condutores é a metade de um comprimento de onda, sua alimentação é pelo centro, onde a impedância de entrada varia de acordo com sua distância ao solo em comprimento de onda. Pode ser polarizada horizontalmente ou verticalmente, pois a onda eletromagnética é composta de campo elétrico e campo magnético, estes estão ortogonalmente dispostos. Quando se diz polarização de uma onda eletromagnética, seja vertical ou horizontal, o campo magnético e o campo elétrico estão situados a 90 graus com uma variação de fase de 0 grau. A polarização de uma antena dipolo é definida então pelo "campo elétrico", ou seja, se o campo elétrico está na horizontal, a polarização do dipolo é horizontal, se o campo elétrico está na vertical, a polarização da antena dipolo é vertical.
Antena dipolo acoplada ao cabo coaxial através
de balun de impedância 1:1
Práticas para aprimorar a recepção
De preferência utilize baterias ou pilhas para alimentar o receptor, para evitar receber sinais espúrios que são transmitidos pela rede elétrica. Atualmente nas grandes cidades em particular é cada vez maior a quantidade de ruídos gerados na rede elétrica, seja pelo uso cada vez maior de equipamentos eletrônicos, como exemplo mais comuns o uso das lâmpadas fluorescentes, até a manutenção precária dos elementos que compõem a rede, como isoladores e transformadores.
Outra prática muito importante dependendo da localização geográfica do receptor, é a instalação de filtros passa-alta ou passa-baixa, dependendo da existência ou não de emissoras locais muito potentes, que deterioram a seletividade do receptor.
Filtro passa-baixas para HF
As antenas loop são caracterizadas por serem de pequenas dimensões e normalmente ressonantes dentro de uma faixa estreita de frequências. Estas antenas normalmente são portáteis, e extremamente diretivas, o que possibilita não somente ganho de sinal, mas especialmente apresentam grande capacidade de anular sinais indesejados.
A antena loop de quadro é uma excelente opção para ondas médias, onde é perfeitamente possível realizar DX transoceânico devido a suas características e desempenho.
Clique aqui ou na foto abaixo para acessar o artigo completo.
Antena loop de 80 centímetros confeccionada com fio Litz para Ondas Médias
Demonstração do uso da antena loop para ondas médias sintonizando emissora do
Paraguai
Outro tipo de antena muito interessante e muito mais prática devido as suas dimensões é a loop de ferrite. Seu princípio de funcionamento é idêntico as das antenas loop de quadro a ar, porém, suas dimensões são mais reduzidas devido a utilização de bastões de ferrite que através de sua permeabilidade magnética, aumentam a indutância da bobina a tornando ressonante desde a faixa de ondas curtas até ondas longas.
Algumas experiências muito bem sucedidas foram efetuadas com este tipo de antena, testando configurações diferentes, e comparando o rendimento entre elas, se observando claramente as vantagens de anular emissoras indesejadas e aumentar o sinal desejado. Essas antenas são portáteis e muito eficientes, a o acoplamento é indutivo, ou seja, a transferência do sinal ocorre por proximidade desta com a antena de ferrite interna do receptor.
Clique aqui ou na foto abaixo para acessar o artigo completo.
Antenas loop de ferrite com diferentes características de construção e uso de
fio Litz para ondas médias
As antenas loop também podem ser acopladas a entrada de receptores sofisticados, como o Icom R75 e Kenwood R5000, através de acoplamento direto, ressonante, ou com o auxílio de um amplificador externo.
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Acoplador indutivo e amplificador de RF para
Ondas Médias
Fontes
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Guia de Navegação |
Sitio dedicado ao Rádio
de Ondas Curtas e a prática DX -
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